a verdade é que já morri inumeras vezes.
mas cada vez é como se fosse a primeira,
olhar nos olhos do meu assassino e ter que adimitir que morrerei.
mas esses olhos tão ternos e incendiados de amor e desejo, matar-me? será por ódio? será por amor? ou será por indiferença?
dizem que morrer de amor é bom, pois te dá a vida.
dizem também, que o amor e odio andam lado a lado, não sendo difícil cambalear e pegar a rota lateral.
mas a indiferença? ah! essa mata aos poucos. pedaço por pedaço.
quebranta o coração e humilha o orgulho.
a indiferença não tem dó, não tem sentimento, parece que nunca sofreu na vida.
talvez seja essa insensibilidade que cause tanta dor.
água destilada em cada penetrada quase nociva no coração, que juntas, se tornam punhaladas fatais.
com a indiferença não adianta brigar, espernear, fazer beicinho, parece que nem mesmo a lágrima a faz hesitar.
essa impossibilidade que amarra nossos pés à cadeira, e amordaça nossa boca faz o peito aquecer e agitar, sem poder sair do lugar.
parece que não há saida, não há o que fazer, só nos entregarmos a morte e deixarmos morrer para ver se acordamos melhor no outro dia, e enfim, continuar a viver.
Obs: diferente da maioria das vezes quando escrevo textos nesse estilo, não estou triste, rs