terça-feira, 27 de julho de 2010

não me mate aos poucos..

Se o final for o fim, não me mate aos poucos, apunhala-me de uma vez. não me faças sofrer, por favor eu imploro.

a verdade é que já morri inumeras vezes.
mas cada vez é como se fosse a primeira,
olhar nos olhos do meu assassino e ter que adimitir que morrerei.
mas esses olhos tão ternos e incendiados de amor e desejo, matar-me? será por ódio? será por amor? ou será por indiferença?
dizem que morrer de amor é bom, pois te dá a vida.
dizem também, que o amor e odio andam lado a lado, não sendo difícil cambalear e pegar a rota lateral.
mas a indiferença? ah! essa mata aos poucos. pedaço por pedaço.
quebranta o coração e humilha o orgulho.
a indiferença não tem dó, não tem sentimento, parece que nunca sofreu na vida.
talvez seja essa insensibilidade que cause tanta dor.
água destilada em cada penetrada quase nociva no coração, que juntas, se tornam punhaladas fatais.
com a indiferença não adianta brigar, espernear, fazer beicinho, parece que nem mesmo a lágrima a faz hesitar.
essa impossibilidade que amarra nossos pés à cadeira, e amordaça nossa boca faz o peito aquecer e agitar, sem poder sair do lugar.
parece que não há saida, não há o que fazer, só nos entregarmos a morte e deixarmos morrer para ver se acordamos melhor no outro dia, e enfim, continuar a viver.



Obs: diferente da maioria das vezes quando escrevo textos nesse estilo, não estou triste, rs

5 comentários:

  1. Concordo com algumas coisas que você escreveu, gostei! Adorei a forma como você definiu a indiferença, como se não fosse um sentimento... O que realmente, aparenta não ser mesmo, faz parecer distante! E quando você ama, até mesmo quando você odeia, é uma questão de se importar com essa pessoa. E se importando, você acaba se rendendo e se preocupando com a vida alheia.

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  2. a indiferença é a ausencia de qlq sentimento q seja...e a ausencia d todo e qlq sentimento é desumano... como dizia o saudoso cazuza "...nosso amor a gente inventa pra se distrair...qdo acaba a gente pensa que ele nunca existiu..."
    keepdoing kerida escritora

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  3. a verdade é que já morri inumeras vezes.
    mas cada vez é como se fosse a primeira, disse tuudo !

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